Alarde
Prado RAP
Cai o dia, chega a noite, algo mudará?
Se você mesmo se aprisiona, quem te prenderá?
Se tua mente não funciona em prol da humanidade
De verdade, nem adianta esperar pela liberdade
Renegando a própria raça, renegas a si próprio
E amanhã pode ser outro episódio
Pode ser a página virada, você ali na calçada
Tentando fazer o mesmo e não conseguindo nada
Massa viva alienada, onde tudo é interesse
Desfazem-se da culpa como se isso resolvesse
E as vezes fingem que se interessam, na moral
Mas faz isso novamente com interesse pessoal
O descaso social não começa no governo
E sim quando se prioriza apenas a si mesmo
Mas a vida nunca avisa, tá na chuva, então se molha
Só não reclama na hora em que ela te cobra, sentiu?
Agora chora!
Porque todos os dias podemos plantar o bem
Todos os dias podemos plantar o mal
Todos os dias podemos ir mais além
Assim como todo dia podemos ser carnaval
Todos os dias, mais de 300 dias
E no fim o que terias como sua prova real?
A diferença tu farias, ou somente sorririas
E aceitarias a mesmice individual?
Enxerga o grau do que eu expresso em cada verso, mano?
É tão na cara, não queria ter que estar falando
Eu faço o simples e talvez ninguém me entenda
Mas prefiro curar cicatrizes do que fazer renda com meu dom
E viver como um pródigo
Valorizo cada inspiração, motivação do que eu opto
Então esse é meu propósito
Transformar minha rima em desfibrilador e te acordar do óbito
Música
Me queima
Me exila
A um mundo particular
Parte de você
Se completa em nós
Não deixa
Nossa lenha se acabar
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